Perspectivas conjunturais para a Economia Brasileira no pós-pandemia
Volume 7 | Número 78 | Dez. 2020
Roberto Rodolfo Georg Uebel
Amanda Raldi
Camila Lopes da Costa
Caroline Alves dos Santos
Fabio Eduardo Moraes Tavares
Jessika Salles da Silva
Laís Silva Peixoto
Luana Ribeiro
Marcos Soares Malgarin
Matheus Bitencourt Leite
Roberta Helm
Introdução
O ano de 2020 representou significativos desafios para a economia global, haja vista a emergência da pandemia da COVID-19, cujos reflexos foram percebidos nas mais diversas searas econômicas, políticas e sociais.
Considerando estas questões, este artigo de análise de conjuntura tem como objetivo debater os reflexos da pandemia na economia brasileira e também prospectar alguns cenários específicos para o contexto pós-pandemia, sobretudo nos temas de comércio exterior, emprego, consumo e renda.
O texto está dividido em oito seções temáticas, além desta Introdução e das Considerações Finais, e pretende lançar luz sobre um dos temas mais caros à Economia Brasileira Contemporânea, que é a sua recuperação pós-crise pandêmica, que ensejará, sobretudo, esforços por parte das autoridades governamentais do país.
1. China, Brasil e o aumentos de exportações no setor Agro
Com os impactos sofridos pela pandemia da COVID-19, o mercado internacional sofreu transformações ao decorrer da pandemia, com o início da doença na China, o país observou um cenário com baixa nas exportações durante o ano de 2020 e iniciou sua retomada no final do terceiro trimestre em função da queda da casos de coronavírus no país. Os fluxos de comércio no sistema internacional aumentaram significativamente para o Brasil em termos de commodities, contando principalmente com a China como seu maior comprador ao longo desse ano pandêmico.
Desde sua primeira aparição na cidade de Wuhan na China até a sua propagação pelo mundo, o novo coronavírus ocasionou um grande impacto na cadeia de suprimentos global e na economia mundial, onde juntamente com a valorização cambial afeta vários setores da economia, ora de maneira positiva, ora negativa.
Para o Brasil, essa perspectiva não foi diferente, segundo o ICOMEX (Indicador de Comércio Exterior) realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia, as vendas de commodities obtiveram um aumento de 10,5% na comparação de junho de 2019 e 2020, mas uma recessão nas vendas de não commodities que caíram 24%. Isto é justificado pela alta cotação do dólar que fica atrativo para exportações, contribuindo para o alto desempenho no setor do agropecuário na pandemia pois, com alguns desafios impostos aos países (como lockdown) não conseguiram concorrer no mercado internacional, abrindo espaço para que fosse suprida essa falta de commodities por outros países. Neste contexto, podemos observar que a China precisou usar seu estoque para o mercado interno e aumentou o nível de exportação para minimizar os impactos que o país vinha sofrendo, que principalmente não poderia se agravar na falta de insumos.
O saldo da balança comercial de US$7,5 bilhões foi o maior na história em junho, conforme a afirmação do ICOMEX, a participação total da China foi de 33,8% em exportações no comercio exterior brasileiro, registrando um aumento de 53,1% das compras de produtos brasileiros, positivo para superávit do Brasil no acumulado de 2020, mantendo-se a diminuição das importações.
No acumulado de 2020, a China é o primeiro país no ranking de exportação do Brasil, com um total de US$ 85.884,80 entre janeiro e outubro de 2020, mantendo ainda um aumento de 11,1% nas exportações comparadas a 2019, conforme o Gráfico 1:
Alguns fatores devem ser levados em consideração no cenário econômico pandêmico, a retomada econômica atual no último trimestre para recompor o déficit na economia desse ano, as tensões entre EUA e China no atual governo Trump que resulta na diminuição da exportação de soja estadunidense e abriu momentaneamente o cenário para o aumento do Brasil mas, pode ser alterado com o próximo governo norte-americano liderado por Joe Biden e também a retomada das indústrias aumentando as importações, entanto deve-se levar em consideração que as exportações de commodities serão de grande importância para o acumulado da balança comercial de 2020.
Contudo, esses pontos podem trazer um cenário incerto para o Brasil perante o comércio exterior ao longo do que ainda teremos de pandemia, cujos impactos poderão ser sentidos também no desenvolvimento socioeconômico, conforme discutiremos na próxima seção.
2. Os impactos da pandemia no IDH brasileiro e do mundo
Ocupando o 78º lugar no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano, o Brasil alcançou o IDH de 0,761 em 2019, com uma pequena melhora de 0,001 em relação à 2018. Essa melhora pode, porém, ser revista com a ocorrência da pandemia, que afetou as populações mais vulneráveis.
Devido à pandemia, pela primeira vez em 30 anos, o IDH pode cair em escala global. Seria a primeira queda desde que o índice foi criado em 1990. A tendência foi observada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e discutida recentemente na Assembleia Geral da ONU.
2.1 O IDH com a pandemia
O Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil, embora considerado alto, ainda está muito longe de ser considerado suficiente para o desenvolvimento do país: há anos encontra-se estagnado, e quando levamos em consideração o índice de desigualdade (Gini), o IDH brasileiro reduz 24,57%, despencando 23 posições no ranking mundial.
O Brasil, mesmo antes da pandemia, já observava impactos negativos na questão da saúde, educação e renda, devido aos problemas de gestão política, e, sendo esses os fatores mais importantes na medição do IDH, esses impactos triplicaram com a pandemia de COVID-19.
Na questão da saúde, os impactos são mais evidentes: o alto índice de mortalidade de COVID-19, que gerou um colapso na saúde pública brasileira e prejudicou o atendimento de outras enfermidades, principalmente no sistema de saúde público.
Também é preocupante a situação da educação: estamos vivendo a maior taxa de abandono escolar desde os anos 1980. Com a pandemia, muitas escolas fecharam e adotaram o sistema online de aprendizagem, porém isso está longe de compensar a evasão escolar, que atinge principalmente os alunos de baixa renda, que não possuem condições (nem meios) de assistir às aulas virtuais. Isso também é uma preocupação mundial, já que nos países com o IDH considerado muito alto, 20% das crianças estão sem aulas, mesmo com a maioria das escolas fechadas. Já nos países com IDH baixo, o número chega a 86%, o que mostra que o impacto nestes países é muito mais forte.
A COVID-19 também impactou na renda de muitas famílias, com o fechamento de muitas empresas, aumentando drasticamente a taxa de desemprego, que já não era das melhores antes da pandemia. Apesar da criação de novas formas de trabalho como o trabalho remoto, a população ainda sai prejudicada com a falta de oportunidades, ainda mais quando se trata de jovens sem experiência tentando se colocar no mercado de trabalho. A tudo isso, se soma uma forte recessão econômica, com uma queda de quatro pontos percentuais no PIB per capita, e consecutivamente reduzindo o IDH, não só no Brasil, mas em todo o planeta.
O novo coronavírus trouxe consigo impactos e experiências negativas em todos os setores, que irão afetar significativamente o Índice de Desenvolvimento Humano mundial. As quedas nos níveis fundamentais do desenvolvimento humano se percebem na maioria dos países, tanto os centrais, quanto os periféricos, porém, serão maiores em países em desenvolvimento, menos capazes de lidar com os desafios e consequências da pandemia.
As perspectivas quanto ao contexto geral dessa crise ainda são incertas, e a recuperação irá depender primeiramente da chegada da vacina nos países e de como cada governo administrará a realidade pós-pandemia nos anos seguintes. Desta maneira, na próxima seção discutiremos os seus impactos no desemprego na economia brasileira.
3. Economia Brasileira em Cenário de Pandemia e o Desemprego
Segundo estudo preliminar da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) no dia 21 de abril de 2020, a pandemia da COVID-19 faria com que a economia brasileira encolhesse 5,2% em 2020, com milhões de pessoas passando por desemprego e pobreza. Isso foi uma previsão no começo da pandemia, e podemos ver que o cenário em dezembro de 2020 continua como previsto, sem indícios de melhora, mas sim, com uma clareza de uma instabilidade muito grande na economia, gerando elevado desemprego, pouca produção para o comércio exterior e pobreza.
As incertezas em relação ao que está para acontecer na área da saúde, faz com que a economia se retraia, este comportamento é normal, contudo, nunca houve uma retração como esta. Nessa esteira, foram estabelecidas regras emergenciais contra a proliferação do novo coronavírus, também conhecido por COVID-19. Tais planos e regras não foram suficientes para impedir a crise, incentivos contra demissões, prorrogações dos pagamentos de tributos e outros passivos não foram suficientes para que empresas não fechassem suas portas e demissões em massa ocorreram. O ano de 2020 fez com que a economia se reinventasse, e pouco a pouco vem apresentando novas soluções para a crise.
Em abril de 2020, uma pesquisa do IBGE apresentou um quadro onde havia menos de 50% dos brasileiros empregados formalmente, isto significa que atualmente este número caiu ainda mais, se tratando da população apta ao emprego.
A pandemia fez com que as empresas demitissem, pois dificilmente conseguiriam arcar com os custos sem haver produção, mas além disso, diversos de outros fatores contribuíram para este crescimento no desemprego. Imaginemos que em um país de mais de 200 milhões de pessoas em um cenário de caos, tendo que executar o isolamento social para a não proliferação da doença, alguns milhares em situação de risco maior, por maior vulnerabilidade, como pessoas com doenças crônicas e idosos.
A pandemia ainda está instalada, e atualmente na Europa está ocorrendo a segunda onda, fazendo com que no Brasil continuem as incertezas e que fazem os empresários se retraírem, tentando apenas sobreviver ao caos.
Assim, é possível antever que o pós-pandemia apresentará a manutenção dos cenários de incertezas, porque se as empresas continuarem a fechar, haverá mais pessoas desempregadas disputando menos vagas. Temos ainda que levar em consideração que há empresas que não conseguem adquirir a matéria-prima para a sua produção, pois o fornecedor está obedecendo os protocolos de segurança, e, consequentemente o cliente da indústria não poderá comercializar pois a cadeia logística não se deu início.
4. Descontrole inesperado
O país vem enfrentando uma inevitável queda nos indicadores econômicos em função das medidas de isolamento social, que forçaram o fechamento de diversos estabelecimentos comerciais e a suspensão das atividades de ensino presencial. Para o Brasil, a recessão é ainda mais difícil de estabilizar, pois o país não conseguiu se reerguer dos estragos causados entre 2014 e 2016.
O consumo das famílias teve uma queda de 13,5% no segundo trimestre de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019. O que representa o pior resultado desde 1996. Sendo o principal componente do PIB, o consumo equivale a quase 70% do indicador. Dentre os bens compreendidos destacam-se alimentos, bebidas alcóolicas, vestuário, medicamentos, eventos esportivos e entretenimento. Como também o bilionário setor de combustíveis derivados do petróleo. Mesmo apresentando um crescimento mês a mês, o lucro no setor continua abaixo do esperado, com exceção do óleo diesel que foi o único elemento a apresentar melhoras na rentabilidade.
Com o aumento natural do fluxo de vendas no período natalino e a intensificação dos trabalhos de logística; como transportes, importação e exportação; a relação oferta por demanda poderá apresentar resultados positivos para a balança no último trimestre do caótico ano de 2020, e início de 2021 devido o aumento do fluxo de capital gerado pela temporada de veraneio.
Sem dúvidas o desemprego foi um dos fatores que mais atingiu a economia brasileira ainda no primeiro semestre de 2020 devido a pandemia de COVID-19. Com as ações restritivas para a contensão da transmissão do vírus, muitas empresas e instituições se viram forçadas a tomar medidas excepcionais para que conseguissem conter gastos e se manter durante este período de calamidade pública. Movimento esse que nos leva a pensar quais seriam os reais impactos gerados na economia brasileira.
O ano de 2019 havia fechado a taxa de desemprego em 11,9%, um percentual menor do que ao dos anos anteriores, o que trazia uma esperança de redução ainda maior desse número ao longo do ano de 2020. Porém, ainda no primeiro semestre do ano, o país recebe a primeira onda da pandemia de COVID-19, e com ela os impactos gerados em detrimento dos setores de trabalho.
Apenas entre o período de fevereiro e abril o desemprego atingiu 12,8 milhões de brasileiros, segundo dados divulgado pelo IBGE. Esse número é composto pela queda de postos de trabalho formais e informais, e também no aumento do número de pessoas que pararam de buscar trabalho porque simplesmente perderam as esperanças. A problemática é que este número não é refletido no índice de desemprego, pois o mesmo só considera aquelas pessoas que perderão seus empregos, mas continuam a procurar de novos. Isso significa que, apesar de o índice apresentar uma porcentagem de 12,2% apenas no primeiro trimestre, a realidade das vagas encerradas pode ser ainda maior.
Com o aumento de pessoas desempregadas, e a redução de circulação populacional devido o distanciamento social necessário, a economia começou a sentir severos impactos. Pois, se as pessoas não estavam trabalhando, logo elas não possuíam capital financeiro para gastar no comércio e até mesmo pagar seus impostos corretamente, essa redução e contensão de gastos por parte da população começa a afetar também as empresas.
Apesar de todos os projetos criados pelo governo para tentar segurar a economia brasileira assim como o aumento da taxa de desemprego, segundo o IBGE, ao final de agosto a taxa chegou a 14,4%. Esses dados trouxeram a população brasileira um sentimento de pessimismo com a relação à recuperação econômica e, diminuição do desemprego do país ainda em 2020 e início de 2021.
Atualmente, com a flexibilização das restrições criadas pelo distanciamento social, nota-se um aumento na busca de vagas de emprego por parte dos brasileiros em um cenário onde vários setores ainda continuam eliminando muitos postos de trabalho, como é o caso da indústria que caiu 3,9% um equivalente a 427 mil trabalhadores que foram dispensados de seus postos. Por outro lado, os setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tiveram um pequeno aumento de 2,9% equivalente a 228 mil trabalhadores na ocupação de seus postos. Ainda assim, nem esse pequeno aumento é suficiente para iniciar um movimento de crescimento no índice de postos ocupados, que chegou a taxas mínimas historicamente em 2020.
Enquanto parte do governo federal afirma que a economia tem dado sinais de recuperação, o mercado de trabalho não mostra os mesmos sinais e segue sendo pressionado, ainda mais, pelo aumento na busca de empregos que pode aumentar cada vez mais com o fim do auxílio emergencial. Em contexto mais realista, a recuperação da economia relacionada aos setores de trabalho deve se dar lentamente com aumento da criação de vagas de trabalho devido a retomada de consumidores brasileiros ao comercio. Porém, esse mesmo movimento só se dará início a partir do momento em que tivermos uma vacina eficiente contra o COVID-19 e por consequência a diminuição considerável das medidas para o combate da transmissão do vírus. Ou seja, para que possamos começar a enxergar a diminuição na taxa de desemprego brasileira no pós-pandemia, um dos fatores primordiais será o controle, estabilização e tratamento dos índices de infectados e transmissões.
5. Agronegócio e conjuntura pós-COVID-19
No quarto trimestre de 2019 esperava-se um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8 % no setor agropecuário, e 2,3 % para os demais segmentos esperados para o ano de 2020. Com o surgimento da COVID-19 em fevereiro de 2020 iniciado na China essa perspectiva mudou, não estimavam o tamanho do impacto econômico em uma escala global que estaria por vir.
No primeiro momento, a reação do mercado de grãos foi negativa. A economia mundial estava em declínio, com o consumo de grãos, por consequência, sendo impactado por esta queda na economia mundial. No entanto, houve uma reversão no mercado de grãos, um comportamento atípico dos principais produtos.
O arroz e feijão foram valorizando com a demanda aquecida desde o início da pandemia, com os consumidores formando estoques diante do risco de desabastecimento. Além da demanda, outros fatores contribuíram para a instabilidade nos preços. A redução da área de cultivo de produtos básicos em favor da soja está concentrando a produção e reduzindo oferta.
Com os preços atuais da soja, este cenário tende a se agravar nos próximos anos. As exportações brasileiras de arroz, com os volumes mais significativos no ano, também contribuíram para redução de oferta do produto no mercado interno. Assim, o arroz tem preços inéditos. O feijão, também com o consumo mais elevado no primeiro semestre, apresenta maior sensibilidade de mercado. A diminuição da área de cultivo nos últimos anos também foi muito significativa, com redução de mais 40% desde 2000. A manutenção do consumo no Brasil pode gerar problemas de abastecimento e levar à necessidade de importações recordes no ano.
O setor agropecuário apresentou crescimento de 1,9% no 1° trimestre/2020 frente ao mesmo período de 2019, um ritmo de crescimento ainda mais intenso que o observado no 1° trimestre/2019 quando o crescimento foi de 0,9% frente ao mesmo período de 2018. O consumo das famílias brasileiras, que já vinha crescendo muito modestamente em 2019, observou retração de 0,7% no 1° trimestre/2020.
Apesar dessa menor demanda doméstica – derivada do impacto negativo da crise da COVID-19 no poder de compra do brasileiro – a produção agropecuária nacional segue trajetória expansionista. Os destaques da produção agropecuária brasileira no início de 2020 têm sido a soja (4,6%), o café (20%), o arroz (3,9%) e laranja (4,4%), conforme as estimativas mais atuais. A seca na região sul, principalmente Rio Grande do Sul e Paraná, afetou a produtividade. Apesar da maior área cultivada, espera-se menor produção de grãos nessa região. A Peste Suína Africana na China, e o impacto da COVID-19 no processamento de carne nos EUA tem sustentado a demanda internacional por proteínas brasileiras, amenizando os efeitos negativos da menor demanda doméstica pelo produto, especialmente dos cortes mais nobres.
O atraso na plantação e colheita da soja deve refletir apenas em abril, portanto no PIB do segundo trimestre/2020, parte da alta esperada para a produção de soja em 2020. Além da soja, o resultado do PIB do 2° trimestre/2020 deve beneficiar também da maior produção esperada da cana de açúcar. A maior demanda chinesa por soja brasileira – no contexto de desvalorização do Real e precaução frente ao possível agravamento da crise da COVID-19 no Brasil – tem refletido no maior volume de exportações do agronegócio brasileiro para aquele país em abril e maio e também deve refletir positivamente no resultado do PIB agropecuário no 2° trimestre de 2020.
Nesse contexto pós-pandemia podemos esperar uma alta demanda nos alimentos básicos, seguros e baratos, principalmente devido à diminuição do poder de compra da população mundial. O consumidor fará uma redistribuição dos gastos. Muitas famílias serão afetadas e tentarão reduzir dispêndios de luxo, não essenciais ou com entretenimento fora de casa.
A queda da demanda por alimentos de maior valor agregado será uma tendência, em função da diminuição da alimentação fora do lar, fechamento de bares, restaurantes, escolas, diminuição do turismo, viagens e eventos, portanto, discutiremos sobre os seus impactos no mercado vegetariano brasileiro na próxima seção.
6. Mudança de Hábitos: O Impacto da pandemia no mercado vegetariano brasileiro
A epidemia do coronavírus tem causado diversos impasses na economia brasileira, com o aumento crescente de preços na indústria alimentícia nesta época de pandemia mundial, uma maior preocupação com a saúde e, principalmente, uma grande preocupação com o futuro do planeta terra, as pessoas têm mudado seus hábitos alimentares adotando uma dieta sem carne, o que pode gerar um avanço significativo no movimento vegetariano. Neste artigo veremos com precisão estas mudanças no cenário econômico brasileiro durante a pandemia global do COVID-19, e iremos averiguar qual o impacto do coronavírus na indústria vegetariana.
6.1 O crescimento da indústria vegetariana ao longo dos anos
Atualmente 14% da população brasileira se considera vegetariana, representando um aumento de 75% entre 2012 e 2018. Este percentual representa cerca de 30 milhões de brasileiros, segundo pesquisa do IBOPE Inteligência em parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira Vegetariana, os dados do Google Trends mostram um interesse maior nas buscas pelo vegetarianismo, houve um crescimento anual de 150% quando contraposto com os dados de anos anteriores.
Já segundo a Wedbush, empresa de investimentos americana, nota-se um interesse grande por parte da população nos últimos dez anos em alimentos de origem vegetal. “Impulsionado pela inovação em produtos alternativos a carnes e leite, nós acreditamos que a indústria de alimentos de base vegetal representa mais de 3,5 bilhões de dólares em vendas, incluindo diversos substitutos de carnes e laticínios.”
6.2 A mudança de hábitos: o vegetarianismo como melhor opção
Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, o setor alimentício sofreu graves crises ao longo dos meses, havendo um aumento no consumo de carne vegetal.
Se viu um impacto grande na indústria da carne animal e um aumento no interesse por produtos vegetarianos, segundo o GEPEA (Consultoria em Alimentos). Ela ainda afirma que esta onda de produtos vegetais vai envolver todos os tipos de empreendedores. “Para os investidores, é um mercado que oferece a oportunidade de aposta em tipo de alimento diferenciado, em patentes inovadoras e na criação de barreiras de entrada a novos concorrentes”. Cresceram 239,80%, nos últimos três meses a demanda de carnes s e outras proteínas vegetais, quando comparado a março e maio do ano passado, segundo a empresa Nielsen e a Sociedade Nacional de Agricultura.
A busca pelo modo de vida vegetariano teve crescimento significativo ao longo dos anos nesta última década, mas houve uma busca gigantesca pelo tema nos últimos meses, com a vinda da pandemia da COVID-19, o que nos faz concluir que o impacto da pandemia na indústria vegetariano foi enorme e extremamente relevante, aumentando o consumo de alimentos de origem vegetal e adotando o estilo de vida sem carnes animais, e também com impacto em novos tipos de negócios digitais, conforme discutiremos na próxima seção.
7. Empreendedorismo digital diante do novo comportamento do consumidor
A COVID-19 afetou diretamente a circulação de pessoas e o contato físico, fatores que por muitos anos foi sinônimo de crescimento nas vendas. A relação humana, o contato físico, o olhar, a empatia e a escuta ativa fazem parte de muitos cursos de vendas, marketing e entre outras atividades que lidam com o público e pode-se constatar que tais estratégias, em muitos casos, resultavam em venda.
Contudo, os elementos que, anteriormente, transmitiam confiança e segurança para o consumidor, hoje, em meio a pandemia e as restrições de circulação, precisaram ser repensadas e adaptadas ao formato digital. Desafio para muitos empreendedores, o mercado de produtos e serviços digitais, não estava nos planos de muitas empresas, mas foram pressionadas pela economia para manter o funcionamento.
Diante das novas tecnologias de e-commerce, foi necessário repensar as estratégias de mercado e consumo, para que pudessem transmitir, confiança, segurança e qualidade através da rede de computadores.
Nesse sentido, questiona-se a importância do empreendedorismo digital para o mercado em pandemia e como o empreendedor pode alcançar o consumidor diante da nova realidade digital.
7.1 Empreendedorismo digital para o “novo consumidor”
Compreender as necessidades de mercado é parte fundamental dos estudos de viabilidade de um negócio e com a pandemia gerada pela COVID-19 se faz necessário compreender o impacto no consumidor e no seu modo de consumo. Assim, estabelecendo parâmetros que podem ou não ser implementado pelo empreendedor.
Os Indicadores de Consumo das Famílias (ICF) teve alta em setembro de 2020, cresceu 4,7% em relação a agosto, nesse sentido, a pesquisa destaca a retração de 33,1% em relação ao mesmo período de 2019. Tais indicadores demonstram crescimento e retomada da economia, em comparação com ao segundo trimestre de 2020 que foi marcado pelo fechamento de muitas empresas e a baixa perspectiva profissional. (FECOMERCIO/SP)
O fator que afeta significativamente a economia é o desemprego e consequentemente o poder de compra. O desemprego alcançou, em agosto de 2020, a taxa de 14,3%, o Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) destaca que foram apuradas cerca de 74,4 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho (CAMPOS, 2020). Portanto, com o aumento da taxa de desemprego e a redução na oferta de emprego, a população precisou repensar o seu consumo e adaptar-se a nova realidade econômica.
A definição das novas estratégias do empreendedor voltara-se para o negócio digital, visto que, diante da impossibilidade do consumidor se locomover até a loja para o atendimento presencial, muitos encontraram nas redes de computadores e aplicativos a escolha ideal para estabelecer contato com seus clientes.
Os novos métodos demonstraram que é possível alcançar as pessoas de forma digital, transmitindo segurança e qualidade, e com fácil acesso. O período de isolamento proporcionou o crescimento do marketing digital e este deu suporte não apenas para as grandes redes varejistas, mas também ao pequeno comércio. Sendo assim, o empreendedor pode manter a empresa em funcionamento com menor custo e com receita.
O comportamento do consumidor mudou, seus critérios evoluíram e o fácil acesso a concorrência fazem com que o empreendedor trabalhe também a confiabilidade de seus produtos e serviços, promovendo histórico de avaliações e adaptando-se às novas necessidades, ampliando o alcance e direcionando suas campanhas. Contudo, seu foco deve pautar-se na criação de expectativas, criar o interesse, estimular a compra e gerencia a qualidade.
A importância de se repensar as estratégias de mercado, visto que as mudanças foram significativas, é fundamental, pois envolve os dois lados da relação comercial. Os negócios digitais e sua ágil adaptabilidade, proporciona ao empreendedor a possibilidade de compreender seus produtos e serviços frente aos seus potenciais consumidores e adequar-se conforme feedback, assim potencializando seu negócio e otimizando seu valor de mercado. Desse modo, os elementos como segurança dos dados, segurança com o produto, modalidades de pagamento, modalidades de entrega, bancos digitais, redução taxas ou sem taxa de utilização de bancos, são benefícios ao empreendedor que são repassados ao consumidor em forma de qualidade, desconto e o facilidade de pagamento.
Os impactos da COVID-19 para os empreendedores serão duradouros, portanto, é primordial o aprimoramento constante das técnicas digitais e se apropriar deste recurso como uma expansão da empresa, bem como entender as mudanças no consumo da população brasileira, conforme veremos na próxima seção.
8. A mudança no consumo do brasileiro e as novas perspectivas num mundo pós pandêmico
Hábitos anteriormente incipientes na sociedade brasileira, tornaram-se protagonistas em nosso cotidiano como por exemplo o uso do trabalho remoto, a forma de se relacionar com as outras pessoas e o consumo, com o impacto do novo coronavírus.
O consumo das famílias tem grande peso na composição do PIB, cerca de 65%, e as despesas com alimentação, habitação e transporte (anterior a pandemia), lideravam o destino dos gastos. Uma pesquisa realizada com 1.086 usuários do Mobills (aplicativo de gestão de finanças pessoais) aponta que, houve uma substituição de gastos e o Banco Central sinaliza que a população nunca poupou tanto. Retomando ao cenário de 2019, o brasileiro percorria cerca de 78km para comprar, segundo pesquisas do IBGE, e, o e-commerce por exemplo, que já era presente no nosso dia a dia, se tornou essencial durante a quarentena.
Iniciamos esta seção o questionamento: Qual será o perfil do consumo e do consumidor no Brasil pós pandemia?
8.1 O mundo não será como antes
Carlos Terceiro, CEO da Mobills, explica que através da pesquisa, anteriormente mencionada, é possível visualizar a mudança nos hábitos de consumo, como por exemplo, a redução dos gastos com transporte, restaurante, lazer e vestuário, entretanto, aumentaram os custos com supermercado e contas de água, energia e gás, conforme sinaliza o Gráfico 2 a seguir.
Ainda sobre a mesma pesquisa, foi explicitado o aumento de gastos com aplicativos focados em comida, cerca de 95% comparado à mesma época do ano passado. Durante o período da pandemia e quarentena, o Rappi triplicou o número de contratações e o iFood subiu de 147 mil para 170 mil entregadores de comida, entre fevereiro e março.
De acordo com o estudo intitulado “EY Future Consumer Index” realizado pela EY Parthenon, para a maioria das 1.134 pessoas ouvidas, as compras no pós-pandemia serão menos físicas e mais virtuais. Cerca de 68% deles, passaram a cozinhar suas próprias refeições e gastos com moda e cosméticos que são considerados supérfluos, não são mais prioridade.
Com os decretos de isolamento social a fim de conter o avanço do vírus, muitos comércios (não essenciais) foram fechados, o que causou profundo efeito econômico na vida de pequenos e médios empresários, tornando a venda pela internet não somente uma “válvula de escape”, mas também, uma verdadeira solução. Em junho, segundo dados do Banco Central, depósitos em caderneta de poupança foram superiores aos saques, cerca de R$20,5 bilhões, o que se mantém superando meses dessa série histórica iniciada em 1995. O advogado e economista Alessandro Azzoni diz que esse superávit da poupança tem sua explicação fundamentada na insegurança, pois, as pessoas desconfiam desta conjuntura a qual estamos inseridos e consideram, inclusive, a possibilidade da perda de seus empregos.
Podemos destacar neste breve estudo, o conceito de PIB pela ótica da demanda, onde devemos considerar:
PIB = Consumo das famílias + Consumo do governo + investimento + variação de estoques + exportações – importações
As perspectivas futuras incluem estagnação econômica, perca do PIB real e de empregos, sendo necessária a manutenção de algumas medidas tomadas pelo governo como por exemplo: Programa Nacional de Apoio ás Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), a Medida Provisória 944 (Programa Emergencial de Suporte a Empregos) que estabelece uma linha de crédito de R$ 34 bilhões e a Desoneração da folha de pagamento prevista agora até o final de 2021, que visa lograr novas vagas de emprego e preservar as já existentes, entre outras.
Contudo, retomando aos consumidores, estes estarão aprimorados no quesito de exigir qualidade, praticidade e agilidade dos serviços prestados e aos estudiosos das novas necessidades do mercado – mesmo que o governo através de políticas econômicas incentive o consumo – terão grandes desafios à frente, incluindo convencer os brasileiros a comprar, especialmente em um contexto de elevado desemprego.
Algumas considerações
A pandemia causada pela COVID-19 trouxe consigo vários problemas, forçando uma nova performance da economia global. Nesse cenário, o Brasil foi forçado a lidar com uma realidade nada positiva. O distanciamento social, como forma de conter a doença, deixou evidente as lacunas existentes em nosso país em questões de empregabilidade, atingindo majoritariamente a população que trabalha informalmente. O país fechou 897 mil postos de trabalho, com o setor de serviços e comércio em evidência, que geralmente emprega pessoas com menor grau de instrução. Segundo o IBGE, em setembro de 2020, batemos um novo recorde, com 13,8 milhões de brasileiros sem emprego.
Nessa conjuntura, a pandemia traz consigo, além dos problemas relacionados ao setor de saúde, o desemprego, problema que, para ser resolvido de maneira efetiva, ações relacionadas às políticas públicas devem ser tomadas imediatamente, pois a questão não afeta somente os índices de desemprego de nosso país, mas também carrega uma extensa bagagem de desigualdade social. Nela, fatores como pobreza, miséria e fome são evidenciados pelo descaso com a população, que é forçada a trabalhar em condições desfavoráveis. A falta de ações originadas do Governo Federal, voltadas para a raiz do problema, podem causar danos de difícil reversibilidade a curto prazo, abrindo uma lacuna para que o problema se agrave cada vez mais.
As primeiras demissões atingiram, principalmente, a rede de trabalhadores em situação de precariedade. Motivados pela informalidade, os servidores não podem usufruir de garantias trabalhistas, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e/ou seguro-desemprego, direitos que asseguram o amparo do trabalhador após sua demissão, entre outros recursos ligados ao sistema de proteção social vinculados à carteira de trabalho assinada.
É importante frisar que o governo brasileiro criou medidas de amparo econômico, como por exemplo, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que permite que empresas reduzam os salários e jornadas dos funcionários ou suspendam seus contratos temporariamente, mas a medida é destinada para os trabalhadores formais, excluindo aqueles que vivem do trabalho informal. Além disso, é inevitável deixar de citar o Auxílio Emergencial, também criado pelo Governo Federal, a fim de assegurar uma renda mínima aos brasileiros em situação mais vulnerável. Essa medida foi uma ajuda significativa para esse grupo, bem como ajudou a prevenir uma queda maior do PIB brasileiro.
Porém, o embaraço da desigualdade ficará ainda mais evidente com o fim do auxílio, previsto para o começo de 2021, e, sem previsões concretas para a erradicação ou controle majoritário do coronavírus, o desenvolvimento econômico fica, mais uma vez, de lado no plano de governo. A longo prazo, os altos índices de desemprego têm consequências diretas nos índices de desigualdade no país, um fator que deve ser levado em consideração.
Fica evidente, portanto, a necessidade de ações governamentais para controlar consequências negativas a longo prazo para esse setor da economia brasileira. É preciso que investimentos sejam destinados para programas de auxílio, especialmente para as camadas mais vulneráveis, durante a pandemia. Sem estas variáveis consideradas, será desafiador prospectar um cenário positivo com relação aos problemas apresentados, pois o que está sendo discutido agora é onde serão aplicados os cortes de gastos em 2021, período que ainda estaremos enfrentando a pandemia, e não um plano efetivo de retomada econômica, que atuaria como fator determinante para uma recuperação na empregabilidade do nosso país, englobando, inclusive a própria estratégia nacional de vacinação contra a COVID-19.
Referências
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AUTORES:
Roberto Rodolfo Georg Uebel é professor do curso de Relações Internacionais da Faculdade São Francisco de Assis. Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS). E-mail: robertouebel@saofranciscodeassis.edu.br.
Amanda Raldi é graduanda em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: raldi.amandar@gmail.com.
Camila Lopes da Costa é graduanda em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: camilalopes0298@gmail.com.
Caroline Alves dos Santos é graduanda em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: carola.967@hotmail.com.
Fabio Eduardo Moraes Tavares é graduando em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: fabiomoraesstn7@hotmail.com.
Jessika Salles da Silva é graduanda em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: jessikasalles@outlook.com.br.
Laís Silva Peixoto é graduanda em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: laispeixotosilva123@gmail.com.
Luana Ribeiro é graduanda em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: luanar_ribeiro@hotmail.com.
Marcos Soares Malgarin é graduando em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: marcos.malgarinsoares@gmail.com.
Matheus Bitencourt Leite é graduando em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: matheus_b_leite@hotmail.com.
Roberta Helm é graduanda em Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis. E-mail: betahelm2000@gmail.com.