O Brasil, as Forças Armadas e a riqueza da miscigenação do país
Volume 7 | Número 75 | Set. 2020
“Somos um país com mais de 200 milhões de habitantes, cuja população contém em si própria riquezas geradas desde 1500, decorrentes da miscigenação em que as três raças se mesclaram, cada uma delas aportando características ímpares. A criatividade, a alegria de viver, a tolerância, a adaptabilidade, a resiliência, a religiosidade, o sentido de família, o patriotismo, enfim, esses e outros atributos são como uma vasta produção de frutos, à espera de serem colhidos e colocados na grande cesta da nacionalidade brasileira.” (General Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, antigo Comandante do Exército) [i]
Fusão de raças, forte semente,Em Guararapes pujante surgiu,Presença nacional no continente,É a Força Terrestre do Brasil,É a Força Terrestre do Brasil.
(Refrão do Hino à Guararapes)
Dentre os 68 sargentos tombados 18 eram mineiros, 16 fluminenses e cariocas e 13 paulistas respectivamente, em maioria, integrantes dos então 1º RI do Rio de Janeiro, 11° RI de São João Del Rei, e 6º RI de Caçapava-SP. Pereceram 4 cearenses e 2 gaúchos e igualmente 2 pernambucanos, 2 norte rio-grandenses, 2 alagoanos e 2 espírito-santenses. Os amazonenses, acreanos, paraibanos, sergipanos, baianos, paranaenses e mato-grossenses contribuíram cada com um sargento tombado. (BENTO, 2011).
A forte identificação étnico-social – a descendência africana do Haiti, com a consequente origem comum escravocrata do povo haitiano e do soldado brasileiro, além da extrema pobreza daquele povo, possuem semelhanças em algumas regiões do nosso país, e o nosso soldado percebe isso. (HAMANN e TEIXEIRA, org. 2017, p. 61).
“O homem brasílico moderno vem sendo observado atentamente por estudiosos de todo o mundo porque está construindo uma obra de civilização, embora ostente duas características que foram estigmatizadas pelos cientistas europeus e anglo-saxões – ser produto da miscigenação do branco, índio e negro e habitar um território maioritariamente tropical (…) este homem brasílico vem revelando um desempenho eficaz, na luta pelo desenvolvimento de seu enorme país (no passado foi capaz de uma obra espantosa de autocolonização); quando experimentado numa guerra de grandes, na II Guerra Mundial, teve igualmente um comportamento como combatente que em nada ficou devendo aos seus aliados europeus, norte-americanos, ingleses ou franceses, ou ao seu inimigo alemão[vii]”.
“As minorias raciais foram absorvidas ou discriminadas? Ações de limpeza étnica? Há raça dominante? O preconceito e a discriminação raciais geram ressentimentos internos, obstam a integração das raças e dificultam a miscigenação e a aculturação, impedindo a homogeneização da população e a coesão interna? A existência de agrupamentos raciais na área cria problemas internos? Tendências políticas dos núcleos estrangeiros e dos quistos raciais? Problemas decorrentes da discriminação? Legislação a respeito?”
Parabéns pelo artigo, que descortina com objetividade e riqueza de exemplos uma característica que é natural ao povo brasileiro, e vista com admiração por integrantes de variados exércitos mundo afora.
Parabéns pela exceleexcelen
Parabéns pela excelente matéria,todos os brasileiros deveriam ter esse conhecimento.
Excelente trabalho! Tenho orgulho de ser militar do EB.Alexandre Lustosa.
Excelente trabalho! Tenho orgulho de ser militar do EB.Alexandre Lustosa.
Excelente trabalho! Tenho orgulho de ser militar do EB.Alexandre Lustosa.
O reconhecimento de um trabalho bem feito é muito importante para nutrir a motivação. Muitas vezes pode acabar passando despercebido, mas é importante nunca deixar esse momento para depois. Parabéns pelo excelente trabalho produzido, onde alguns temas muito atuais, em nossa sociedade, puderam ser trazido a tona.
Parabéns pelo excelente artigo! Digno de um soldado de Caxias! Muito justo e perfeito, entrelaçando fatos da história do Brasil, da formação do nosso povo e das origens da Força Terrestre!
Parabéns pelo excelente trabalho, demonstrando conhecimento de nossa história e dos problemas atuais do Exército. Brasileiro. Aço! Boina preta! Brasil!
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Parabéns pela excelente pesquisa! "Só tinham duas alternativas para fazer um curso superior: ser padre ou militar" Texto extraído do livro 1889 de Laurentino Gomes.
Obrigado a todos os misericordiosos comentários e ao espaço da Revista Diálogos Internacionais que me acolheu.
Como oficial de carreira oriunda do meio civil e integrante do Quadro Complementar de Oficiais (especialidade Psicologia), pude constatar in loco, em meu curso de formação, a democracia racial, social e econômica representadas em minha turma: lá convivi com negros, pardos, brancos, nordestinos, sulistas, pobres e pessoas oriundas de classe mais abastada, sem que isso causasse desconforto ou estranheza a qualquer um daquele grupo. Todos estávamos juntos por um mesmo objetivo: nos tornarmos militares à serviço do país contribuindo com o capital intelectual e cultural que trazíamos na bagagem. O mérito é o que nos destacaria um dos outros. Parabéns por revelar neste artigo o que julgo ser uma das melhores características das instituições militares brasileiras: a prática da democracia racial, social e econômica. E sim, é possível.
Parabéns pelo excelente artigo. Deixa muito claro que o Exército simplesmente é dos brasileiros, um patrimônio da Nação.
Parabéns, Gustavo!
Excelente artigo que mostra o porquê do mote "Exército: fator de integração nacional"
Fte abraço
Parabéns pelo artigo. Mostra a verdade do Exército Brasileiro.
TC QCO Adm Ana Paula Careli Vergara
Parabéns pelo excelente trabalho mostrando nossa diversidade nacional. Como integrante do Quadro Complementar de Oficiais, Turma Heróis da FEB, 1994, pude constatar tudo que você falou, desde o início de nossa formação, onde estávamos juntos, nós, homens e mulheres, oriundos do meio civil, militares Temporários, Sargentos e Cabos, oriundos das 3 Forças Armadas, de diversas origens raciais e classes sociais.
TC QCO Adm Ana Paula Careli Vergara
Parabéns pelo excelente trabalho mostrando nossa diversidade nacional. Como integrante do Quadro Complementar de Oficiais, Turma Heróis da FEB, 1994, pude constatar tudo que você falou, desde o início de nossa formação, onde estávamos juntos, nós, homens e mulheres, oriundos do meio civil, militares Temporários, Sargentos e Cabos, oriundos das 3 Forças Armadas, de diversas origens raciais e classes sociais.
Luís Felipe Simões Ramos
Camarada Coutinho Nascimento,
Gostaria de parabenizá-lo pela excelência e beleza deste trabalho científico, o qual apresenta com muita clareza, precisão e concisão, nobre temática tão relevante à auto-conscientização da importância da cultura brasileira com fins ao seu fortalecimento ontológico e à desmistificação do ainda presente fantasma do complexo de inferioridade no ideário nacional.
Tríplice fraternal abraço!!!
Parabéns pela clareza e visão do trabalho exposto meu amigo.
Grande AbrAÇO
Irmão Coutinho, excelente trabalho! Demonstra a unificação de nossas raças dentro FFAA com a possibilidade do alcance às diversas patentes. Passei minha infância em Brasília (1962-1976) onde tive a oportunidade de conviver com os filhos dos militares e constatar o tecido neste belo trabalho. Visto a grandeza continental do Brasil, Brasília congregava as diversas raças em um só ponto, sendo encontrado na mesma raça, sotaques e hábitos diferentes. Há anos tive a felicidade de conviver com um possível caboclo, o Gal. Roseny Leite do Amaral Coutinho. Claudius Moniz de Aragão
Excelente artigo, tanto pelo conteúdo quanto pela rica iconografia. Fez um recorrido histórico fundamental para compreender a formação de nossas Forças Armadas e, por consequência, de nossa própria brasilidade, posto que tais instituições são nada mais que um extrato de nossa nação. A importância do trabalho se dá também para registrar nossa identidade multiétnica que fez nosso país se tornar uma referência mundial em termos de tolerância das diferenças. Não podemos permitir que interesses vis, de qualquer matiz, semeiem a discórdia e o ressentimento de qualquer natureza em nosso querido Brasil. Parabéns uma vez mais pela pesquisa realizada e pela lucidez de sua abordagem.
Excelente artigo onde foi evidenciada a pesquisa acurada. Esclarecedor e objetivo, contribuí de forma significativa para o maior conhecimento do tema e sua relevância nas Forças Armadas . Parabéns pelo trabalho. Que venham outros com a mesma qualidade. Celso Braga
O artigo expressa com maestria as nuances da miscigenação no seio das FFAA, enfatizando não apenas o sucesso, mas sobretudo a naturalidade com que este assunto historicamente foi tratado meio militar brasileiro. Parabéns pela excelência apresentada Gustavo!
Comentário com excelente percepção!
Um tema tão controverso e beligerante no meio civil tratado de forma tão serena eesclarecedora. Os exemplos citados ratificam que existem valores muito mais importantes para a hierarquia e a disciplina da tropa, que a cor da pele, característica tão irrelevante quanto religião, naturalidade ou condição social. Parabéns pelo trabalho!
Parabéns meu amigo Coutinho pelo excelente trabalho, que com certeza irá servir para resgatar a nossa riqueza cultural ora esquecido pela sociedade….
Parabéns meu amigo pelo trabalho excelente! Sucesso
Excelente artigo! Claro, objetivo e bastante elucidativo! Percebe-se o rigor na pesquisa do mestrando Gustavo Daniel Coutinho Nascimento.
Muito interessante o texto, ressalta algumas das figuras das forças armadas brasileiras oriundas de diferentes raças e etnias. É importante, para um apanhado mais completo, ressaltar alguns dos marcos históricos acontecidos dentro das Forças Armadas brasileira como a Revolta da Chibata, motim resultado do uso de chibatadas por oficiais navais brancos para punir militares afrodescendentes. Também, evidenciar que o Alto Comando das Forças Armadas é composto majoritariamente por militares brancos, é um ponto para não cairmos no mito da democracia racial. Principalmente estando em um momento político único do movimento negro com proporções internacionais (Black Lives Matter). Apesar da "integração" multirracial apontada acima, seria insincero desvincular as forças armadas das complexidades da sociedade brasileira que é racista.
Excelente artigo meu amigo. Parabéns pela clareza e riqueza de detalhes. Muito bom mesmo. Forte abraço.