Dois anos de guerra na Ucrânia: apontamentos de uma retrospectiva no campo de batalha
Volume 11 | Número 114 | Dez. 2024
Johny Santana de Araújo
Introdução
Passados dois anos de conflito, a guerra da Rússia contra a Ucrânia chegou-se a um impasse, que pode ser resumido pela incapacidade das forças armadas ucranianas em manter o fôlego da ofensiva iniciada em fins de 2023. É possível se avaliar que apesar das sanções contra a Rússia não terem debilitado significativamente o país, este segue no conflito abalizado por seus aliados, tradicionais e atuais.
Em um boletim emitido pelo Economist Intelligence, previu-se que em 2023 a economia russa iria contrair ainda mais e que a recessão econômica iria prejudicar suas finanças públicas e por extensão complicaria o financiamento da guerra (EIU, 2023). Em grande medida, a Rússia parece hoje pouco afetada por esse prognóstico, e segue decidida em uma penosa guerra de desgaste. Argumenta-se, porém, que a economia russa é relativamente robusta e, no curto prazo, praticamente não há riscos de um “colapso”, mas as dificuldades econômicas podem aumentar nos médio e longo prazos (Cooper, 2023, p. 23).
Por sua vez a Ucrânia, com uma economia sensivelmente abalada, segue apostando ainda em uma vitória, que a alguns meses atrás não seria de fato impossível de ser conquistada com ajuda ocidental, ou pelo colapso das forças russas, por diversos fatores, entre os quais o suposto sucesso das retaliações econômicas, o que não aconteceu.
O propalado embargo econômico contra a Rússia reverteu-se em um fracasso, sobretudo diante da ajuda do seu principal parceiro político e estratégico, a China, que praticamente tem assegurado o fluxo de apoio econômico a Moscou. Aliados como a Coreia do Norte, igualmente tem fornecido capacidade bélica aos russos.
O fracasso inicial das forças russas no front norte
Na manhã de 24 de fevereiro de 2022, a Rússia começou o ataque no Oblast de Kiev com disparos de artilharia e mísseis contra vários alvos primários, incluindo o Aeroporto Internacional Boryspil, em Kiev.
O governo da Ucrânia preparou de alguma forma a sua população para a perspectiva de uma guerra devastadora, tendo o Parlamento votado para aprovar um decreto de estado de emergência que foi assinado em 24 de fevereiro, permitindo que as autoridades “impusessem toques de recolher e restrições à circulação, suspendendo comícios e proibindo partidos e organizações políticas” (Walker, 2023, p. 37).
Os aeroportos das cidades de Kharkiv, Dnipro e Zaporizhzhia, no leste da Ucrânia, fecharam seu espaço aéreo, e os quase 3 milhões de ucranianos que ainda estavam na Rússia foram orientados a deixar o país o mais rápido possível.
A Rússia aparentemente pretendia tomar Kiev rapidamente, utilizando inclusive forças especiais como os Spetsnaz, que foram se infiltrando na cidade, o ataque foi apoiado por operações aerotransportadas em conjunto com um rápido avanço mecanizado vindo do Norte. As Forças Aerotransportadas Russas tentaram tomar dois campos de aviação importantes perto de Kiev, lançando um ataque aéreo ao Aeroporto de Hostomel, seguido por um pouso semelhante em Vasylkiv, ao sul de Kiev, em 26 de fevereiro (Cooper; Crowther; Fontanellaz; Sipos, 2023, p. 39).
Naquele momento, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia estava pronta para buscar “soluções diplomáticas” sobre a Ucrânia, mas ressaltou que os interesses de seu país eram inegociáveis. Em um discurso que marcou o Dia do Defensor da Pátria, Putin afirmou que: “Nosso país está sempre aberto ao diálogo direto e honesto, para a busca de soluções diplomáticas para os mais complexos problemas. Os interesses da Rússia, a segurança dos nossos cidadãos, são inegociáveis para nós” (Walker, 2023, p. 38).
O ataque inicial das forças russas, que de certa forma foi avassalador, acabou sendo a demonstração de diversas incapacidades do exército russo, aliado a conceitos de alguma forma considerados superados, herdados ainda da doutrina militar soviética.
A ênfase no poder de fogo, na manobra e na velocidade implicava uma forma específica de comando – porque, no modo russo de guerra, o tempo era sempre essencial. Por essa razão, os oficiais cronicamente encarregados das tropas terrestres foram treinados para operar de forma fortemente roteirizada, enquanto aplicavam um conjunto de procedimentos táticos padronizados, desenvolvidos sob medida pelo GenStab (Estado Maior) para cada situação imaginável – em vez de se envolver no demorado processo de analisar a situação e, em seguida, produzir planos sob medida para situações específicas no campo de batalha.
(Cooper; Crowther; Fontanellaz; Sipos, 2023, p. 31).
Dentro do dispositivo estratégico para obtenção de sucesso no Norte e para uma rápida penetração até Kiev, os russos planejavam a tomada da cidade de Hostomel na periferia noroeste da capital, a cidade abriga um importante Aeroporto usado para voos de carga. Nos dois primeiros dias da invasão, as forças russas montaram um grande ataque aéreo que foi seguido da ação de forças especiais que tinham a missão de tomar a pista do aeroporto e mantê-la intacta a fim de serem usadas por tropas de assalto aerotransportadas. A pista de pouso poderia igualmente ser usada para trazer voos de reforços e suprimentos para o ataque contra Kiev.
As tropas aerotransportadas da Rússia tiveram um papel de destaque nessa ambiciosa operação, segundo Samir Puri “[…] aparentemente foi idealizado por um roteirista e não por uma equipe profissional de planejamento militar.” (Puri, 2023, p. 258). As tropas aerotransportadas chegaram ao aeroporto em helicópteros, como planejado, mas uma batalha feroz ocorreu quando as tropas ucranianas contra-atacaram e empurraram os russos para os arredores do aeroporto.
Houve uma sequência de erros estratégicos no início da invasão, primeiro o fracasso da ação das forças aerotransportadas em Hostomel, em seguida, a utilização de unidades mecanizadas que avançaram em uma longa coluna em direção a Kiev. Essas últimas foram detidas pelos defensores ucranianos nas proximidades das cidades de Bucha, Irpin e Hostomel, que formavam um escudo para Kiev (Puri, 2023, p. 258). Se de fato essas cidades tivessem caído, as forças russas rapidamente teriam cercado Kiev. Bucha foi ocupada temporariamente, mas o suficiente para que ocorresse o massacre de civis, até ser abandonada pelos invasores.
Manutenção da frente no Donbass e sucessos russos no Sul
Os ataques russos como vimos foram inicialmente lançados numa frente norte da Bielorrússia em direção a Kiev, mas também numa frente sul a partir da Crimeia, e numa frente sudeste a partir de Luhansk e Donetsk e em direção a Kharkiv. Na frente norte, em meio a pesadas perdas e forte resistência ucraniana em torno de Kiev, o avanço estagnou em março e em abril as tropas recuaram. Uma das maiores críticas ao insucesso russo nessas operações se refletiu também na incapacidade de manutenção de uma logística eficiente (Arévalo, 2022).
Em 8 de abril de 2022, a Rússia colocou as suas forças no Sul e no Leste da Ucrânia sob o comando do general Aleksandr Dvornikov, e algumas unidades retiradas do Norte foram redistribuídas para o Donbass. Em 13 de maio daquele ano, uma contraofensiva da Ucrânia rechaçou as forças russas perto de Kharkiv, decretando o fim de qualquer investida maior ao norte naquele momento.
O desempenho fracassado das ofensivas no Norte para tentar capturar Kiev, Chernihiv, Sumy e Kharkiv, seria compensado pelo desempenho dos dois exércitos que foram destacados para invadir o sul da Ucrânia, o 49º Exército de Armas Combinadas, e o 58º Exército de Armas Combinadas, que conseguiram um avanço quase impecável seguindo o plano original de invasão (Cooper; Crowther; Fontanellaz; Sipos, 2023, p. 53).
Em 19 de abril, a Rússia lançou um ataque renovado em uma frente de 500 quilômetros que se estendia de Kharkiv a Donetsk e Luhansk. Em 20 de maio, Mariupol caiu nas mãos das tropas russas após um cerco prolongado à siderúrgica Azovstal. As forças russas continuaram a bombardear alvos militares e civis longe da linha de frente com misseis.
Forças russas: uma evolução
Os militares russos começaram o ano de 2023 com um dispositivo de força altamente desorganizado na Ucrânia, composto por aproximadamente 360.000 soldados. No início da ofensiva ucraniana, em junho de 2023, este número tinha aumentado para 410.000 soldados, porém estavam sensivelmente mais organizados (Watling; Reynolds, 2024).
Entre os meses de junho e setembro de 2023, a Rússia estabeleceu unidades de treinamento ao longo da fronteira e nos territórios ocupados e, após o motim do grupo Wagner, esforçou-se por uniformizar as suas unidades, rompendo com a dependência de exércitos privados, em grande medida em razão da deterioração da relação como esse tipo de dispositivo. No início de 2024, o Grupo Operacional de forças russas nos territórios ocupados já compreendia um volume de 470.000 soldados (Dyner. 2024, p. 3).
De um modo geral a Rússia ainda mantém o objetivo estratégico original de subjugar a Ucrânia. Os termos de rendição atualmente propostos pelos intermediários russos incluem a cessão da Ucrânia do território já sob controle russo juntamente com Kharkiv e, possivelmente, obter da Ucrânia a concordância em não aderir à OTAN e por fim manter um governo totalmente alinhado com a Rússia.
Os analistas da RUSI, identificaram quais seriam os passos seguintes da Rússia para alcançar os seus objetivos que podem ser identificados como sendo um caminho de três fases. A primeira fase exige a continuação da pressão ao longo da frente ucraniana para drenar as munições e reservas de pessoal das Forças Armadas da Ucrânia. Juntamente com este esforço, as Unidades Especiais Russas, Spetsnaz, têm a tarefa de quebrar a determinação dos aliados internacionais da Ucrânia de continuarem a fornecer ajuda militar, atacando os depósitos de armamentos na retaguarda em operações especiais. E finalmente com a ajuda militar tendo sido significativamente limitada, acredita-se que os estoques de munições ucranianos se esgotem (Watling; Reynolds, 2024). Com esse quadro, possivelmente a Rússia pretenda iniciar novas operações ofensivas para obter ganhos significativos no campo de batalha ainda que sejam lentos.
As possíveis vitórias se destinam a alcançar o objetivo principal, avançar em direção a capital Kiev e forçar a capitulação dos ucranianos dentro dos termos de rendição dos russos. O planejamento para a implementação destes objetivos conta com um ativo importante para impulsionar as forças russas, que é a sua base industrial militar já há muito consolidada (Camargo, 2023), cuja centralização das diretrizes mantém o fluxo permanente de equipamentos, assim os russos esperam que a vitória seja alcançada.
Embora as Forças Russas continuem a sofrer baixas significativas, elas mantêm um ritmo de reposição e de crescimento em tamanho. As unidades geralmente podem ser retiradas da linha depois de terem sofrido até 30% de baixas, um ponto em que se tornam ineficazes, então são repostas. Atualmente a principal estratégia das forças russas tem sido conduzir pequenos ataques táticos que, no mínimo, infligem perdas constantes à Ucrânia; isso tem permitido que os russos tomem posições e as mantenham (Watling; Reynolds, 2024), e assim sustentam uma pressão permanente em vários pontos da linha de frente.
A contraofensiva ucraniana em 2023
A renovação no comando do exército ucraniano foi um dos pontos chaves no momento crítico para o lançamento da contraofensiva, tendo assumido o general Valerii Zaluzhnyi, que juntamente com a introdução de equipamento militar ocidental em grande quantidade, seria uma garantia da vitória decisiva que tanto Kiev desejava, no entanto o tempo também levou a uma remodelação da doutrina militar russa, muito embora a ideia de concentração de massa ainda permaneça em vigor, o que tem levado a uma percepção clara de que a frente no Donbas se assemelha muito a desgastante guerra de trincheiras da Primeira Guerra Mundial que se alternam em choques esporádicos.
Os ucranianos também estão perdendo parte de suas forças em operações militares nos diferentes fronts, levando a diminuição do ímpeto e da energia da contraofensiva, e os russos igualmente estão suportando pesadas perdas. As baixas consideráveis que os ucranianos sofreram têm levado a uma preocupação maior quanto a reposição de novas forças, o que tem sido um complicador.
Na atualidade, a necessidade cada vez maior de cobrir perdas tem levado o governo da Ucrânia a medidas drásticas para manter o equilíbrio de forças em combate, há uma pressão cada vez maior pelo alistamento de todos os que puderem lutar, tem se recorrido a todos os expedientes possíveis inclusive baixando a idade de serviço militar.
A Ucrânia recebeu considerável assistência militar do ocidente, que a ajudou nas operações militares. Mas o arrojo de sua ofensiva foi sensivelmente diminuído e uma das razões observadas foi a falta de aviões de combate para a sua força aérea, levando a uma grande desvantagem que tornaram mais difícil romper as linhas russas (Jones; McCabe; Palmer, 2023, p. 11).
No campo de batalha a utilização de drones também tem facilitado a ação do exército, que mina de alguma forma a ação das unidades blindadas russas. O equipamento ocidental de excelente qualidade demonstrou uma certa superioridade no campo de batalha. O blindado de transporte de tropas Bradley chegou a engajar MBTs russos como o T-90, mais bem armado do que ele, e saindo vitorioso no combate, mísseis antitanques diversos como Javelin, e sistemas de mísseis Terra-ar como Patriot têm assegurado os êxitos na destruição de foguetes russos.
Outro ponto positivo das forças armadas ucranianas tem sido os sucessos pontuais, nos ataques contra a frota russa do mar negro, com a utilização de drones navais e mísseis antinavios.
A defesa aérea da Ucrânia na atual guerra contra a Rússia
A situação como um todo é muito delicada e se reflete na necessidade crescente do fornecimento de equipamentos cada vez mais modernos às forças ucranianas, o que representa um gargalo para os aliados europeus, face a própria dificuldade interna em manter esse fornecimento ativo. O principal aliado da causa ucraniana fora da Europa, os EUA, passaram por momentos delicados na política interna com pedidos cada vez maiores ao Congresso por parte da administração Biden para liberação de recursos a Ucrânia, e o clima de insatisfação dos republicanos, muitos contrários a manutenção da ajuda. Seja como for, “Os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais têm de estar preparados para apoiar uma guerra longa e desenvolver um plano de ajuda a longo prazo.” (Jones; McCabe; Palmer, 2023, p. 13).
Uma preocupação estratégica muito importante para a Ucrânia, para além da retomada dos territórios disputados parece ser a retomada do controle da defesa de seu espaço aéreo, o que tem sido motivo de grande expectativa por parte das autoridades da força aérea ucraniana, com a chegada dos primeiros caças F-16, e das equipes de pilotos que irão tripulá-los, mas muito também já foi especulado sobre a real capacidade desses caças que pertenciam originalmente a forças aéreas da OTAN.
Espera-se ansiosamente pela introdução destes caças, na esperança de contrabalançar a supremacia aérea da Força Aérea russa. Muito se comenta sobre se as versões estariam à altura de enfrentar o equipamento russo, uma vez que os F-16 são fornecidos pela Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega, com suporte dos EUA, será algo em torno de 70 aeronaves, acredita-se que levará um tempo até que os caças realmente façam a diferença no impacto da guerra aérea.
Conclusão
De certa forma, a vontade indomável dos ucranianos de defender sua pátria e a liderança política inspiradora e carismática do presidente Volodymir Zelensky foram grandes fatores em seus primeiros sucessos táticos.
Contudo, a vontade de lutar não pode vencer batalhas por si só, há uma série de outros fatores positivos aos ucranianos, entre eles a eficácia das forças da Ucrânia em combate. No entanto, os russos se prepararam para uma guerra de desgaste que muito provavelmente o Estado ucraniano não suportará a longo prazo, com uma séria dependência do ocidente, e dos desígnios políticos nos EUA.
É muito difícil prever se haverá uma vitória ucraniana, as forças armadas russas estão com o folego renovado, e demonstrando plena capacidade de cobrir as perdas que são bastante significativas, de vidas humanas. Por outro lado, o governo ucraniano parece muito pouco disposto a sentar à mesa de negociações, para discutir uma proposta que leve em consideração a cessão de todo o Donbass e o reconhecimento da soberania russa sobre o território da Crimeia.
Deve-se levar em consideração que o propósito da Rússia que se resumia a depor o governo pró-ocidente de Zelensky, tirar a Ucrânia da orbita da Europa Ocidental, e de suas cimeiras, como a União Europeia e OTAN, e particularmente esta última razão, parece ter coroado a imprevisibilidade de Putin, ao não levar em consideração de que a Finlândia e a Suécia, países que tradicionalmente se mantiveram neutros durante a guerra fria, acabaram de entrar para a OTAN.
É importante lembrar que o presidente Vladimir Putin olha para a Ucrânia como um desafio geopolítico do qual não podia escapar nem se dar ao luxo de perder desde muito tempo. Em 2008, a estratégia dos EUA para o alargamento ilimitado da OTAN na Europa colidiu frontalmente com as prioridades do Kremlin, segundo consta em uma das reuniões da OTAN ocorrida em Bucareste, o presidente George W. Bush pressionou pela inclusão da Ucrânia e da Geórgia na organização (Zubok, 2023, p.156). Algo inaceitável para os Russos.
Com os ânimos elevados, e com afirmações pouco pensadas, ou refletidas a nível de ameaça, encontramos uma Rússia e seu presidente mais intimidador do que nunca, dúvidas quanto ao desenrolar da guerra ficam no ar.
Se a Rússia vencer, essa vitória será limitada a conquista e manutenção dos territórios conquistados? Ou os russos continuariam até conquistar a Ucrânia inteira? Isso poderia ser interpretado como uma ameaça ao ocidente, tendo em vista que mais um importante signatário da OTAN, a Polônia, tradicional inimiga do Estado russo, estará à margem de sua fronteira.
E se os Ucranianos reverterem e conseguirem segurar os russos exatamente onde estão? Os russos aceitariam negociar? E se a Ucrânia conseguir retomar os territórios, os Russos recorreriam a uma ameaça mais radical? Quaisquer que sejam os caminhos, é chegada a hora realmente de se pensar em mediações mais objetivas e pragmáticas, para que tomadas de decisões erradas não levem a um colapso da Europa.
Referências
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CAMARGO, Felipe Rodrigues de. Perspectivas Geopolíticas da Forma do Complexo Industrial Militar Soviético durante a Guerra Fria (1945–1991). Revista Contraponto. v. 12, n. 1, 2023. Disponível em: https://revistas.ufpi.br/index.php/contraponto/article/view/14493
COOPER, Julian. Another budget for a country at war: Military expenditure in Russia’s federal budget for 2024 and beyond. SIPRI Insights on Peace and Security no. 2023/11. Disponível em: https://www.sipri.org/publications/2023/sipri-insights-peace-and-security/another-budget-country-war-military-expenditure-russias-federal-budget-2024-and-beyond
COOPER, Tom; CROWTHER, Edward; FONTANELLAZ, Adrien; SIPOS, Milos. War in Ukraine: russian invasion, february 2022. Vol. 2. Warwick: Helion & Company Limited, 2023.
DYNER, Anna Maria. Russia’s Armed Forces Two Years After the Full-Scale Invasion of Ukraine. Strategic File, nº. 4 (138), February. 2024, PISM. Disponível em: https://pism.pl/publications/russias-armed-forces-two-years-after-the-full-scale-invasion-of-ukraine
EIU report. The war in Ukraine: Russia’s ruptured relations with the West Geopolitics, supply chains and power dynamics in 2023. Disponível em: https://www.eiu.com/n/campaigns/russia-ukraine-outlook-2023/
JONES, Seth G.; MCCABE, Riley; PALMER, Alexander. Seizing the Initiative in Ukraine Waging War in a Defense Dominant World. CSIS Briefs, October 2023. Disponivel em: https://www.csis.org/analysis/seizing-initiative-ukraine-waging-war-defense-dominant-world
PURI, Samir. Russia’s Road to War with Ukraine: Invasion Amidst the Ashes of Empires. London: Biteback Publishing, 2023
WALKER, Nigel. Conflict in Ukraine: A timeline (2014 – eve of 2022 invasion), London: House of Commons Library, 2023
WATLING, Jack; REYNOLDS, Nick. Russian Military Objectives and Capacity in Ukraine Through 2024, RUSI, 13 February 2024. Disponível em: https://www.rusi.org/explore-our-research/publications/commentary/russian-military-objectives-and-capacity-ukraine-through-2024
ZUBOK, Vladislav M. Myths and Realities of Putinism and NATO Expansion. In: GOLDGEIER, James; SHIFRINSON, Joshua R. Itzkowitz. Evaluating NATO Enlargement From Cold War Victory to the Russia-Ukraine War. Cham: Palgrave Macmillan, 2023.
Johny Santana de Araújo é Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com Pós-doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É Prof. da Universidade Federal do Piauí. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Vice coordenador do GT de História Militar ANPUH/Brasil. Membro do Corpo de Pesquisadores Associados do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CPA/CEPHiMEx/Brasil). Investigador colaborador junto ao Grupo de Investigação de História Militar do Centro de História (CH-FLUL), Portugal. Membro oficial do Cold War Research Network (CWRN), da Universiteit Utrecht, Holanda. É filiado ao War and Conflict Subject Specialist do Imperial War Museum (IWM), Inglaterra.