TECNOLOGIAS DE ENERGIA RENOVÁVEL E SOLUÇÕES DE BAIXO CARBONO
Edição Especial: COP da Amazônia
Volume 12 | Número 121 | Nov. 2025
Por Erika Alves
e Livia Teixeira
INTRODUÇÃO
A mudança na geração energética é uma demanda climática e econômica. Para além dos danos ambientais, as fontes majoritariamente utilizadas na atualidade são temporárias e possuem estimativas de limitação e esgotamento nas próximas décadas. Em vista disso, a transição para energias renováveis como solar, eólica, hidrelétrica e biomassa caracteriza-se como alternativa promissora, pois são duráveis, limpas, menos poluentes e disponíveis em grande parte do território mundial.
A relevância da pesquisa se justifica devido ao grande potencial brasileiro de ampliar sua matriz energética, já que possui alta incidência de luz, ventos favoráveis e reservatórios abundantes. Torna-se evidente, portanto, o destaque do Brasil no ramo de energias sustentáveis, e é na Amazônia que encontramos o ponto chave para essa fonte de energia. A região é responsável por conter as maiores biodiversidades da América Latina e do planeta, sendo agente do equilíbrio climático da terra.
Todavia, apesar do potencial natural, o estudo analisa os desafios do tema, pois o país e a região amazônica enfrentam entraves como instabilidade política, escassez de recursos, investimento limitado em tecnologia, insuficiência em infraestrutura e conflitos socioambientais. Sendo assim, a hipótese central da pesquisa visa analisar o descompasso entre o potencial energético brasileiro e os desafios para a aplicação efetiva deste plano na Amazônia, utilizando como estudo de caso a Casa NZEB (Nearly Zero Energy Building). Sendo assim, a pergunta desta pesquisa é: Quais os desafios para o Brasil se tornar uma potência em energias renováveis, especialmente na Amazônia, considerando a viabilidade de construções sustentáveis, como a Casa NZEB?
O objetivo geral da pesquisa é investigar o potencial do Brasil para se tornar uma potência em energias renováveis, com foco na região amazônica. Já os objetivos específicos incluem mapear recursos naturais, analisar impasses políticos, avaliar investimentos e integração entre setores, e explorar oportunidades estratégicas para liderança global em energia limpa.
Este artigo adota como metodologia a pesquisa de caráter qualitativo, embasada em revisão bibliográfica, entrevista institucional e análise de documentos. Para isso, artigos científicos, relatórios e documentos oficiais foram consultados. O trabalho dispõe de uma entrevista autoral com a Eletrobras sobre a Casa NZEB, construção sustentável de emissão quase zero de carbono, unindo prática e teoria para oportunidades na Amazônia.
PANORAMA INTERNACIONAL DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS
Evolução global das energias renováveis
Hodiernamente, energia renovável passou de um lugar de coadjuvante para estar sob holofote como uma alternativa mais segura frente à crise climática que o planeta vem enfrentando no suprimento de energia mundial. Desde a década de 1970, acompanhamos as consequências da dependência dos combustíveis fósseis, e como as políticas se voltaram a reduzir essa subordinação e ao incentivo para uma transição limpa e de fontes renováveis. Segundo Dupont (2015), o impulso gradual acerca da sustentabilidade tem estimulado governos, empresas e a sociedade em procurar e investir mais em fontes renováveis de energia, refletindo na própria participação dessa expansão para o escopo global.
Nesse contexto, tanto países desenvolvidos como emergentes passaram a investir em instalações renováveis. Como exemplos, a União Europeia instituiu metas no âmbito do Green Deal[1]e da Diretiva de Energias Renováveis[2], focando na redução de carbono e na integração das novas tecnologias energéticas de distribuição. Já a China é responsável pela produção de módulos fotovoltaicos e, a Índia ampliou seus investimentos em energia solar, apoiada pelo National Solar Mission[3].
A transição global pode ser observada como uma mudança tanto na geração como no tipo de consumo da população. A conscientização das crises climáticas abre espaço para fontes descentralizadas, permitindo o controle por parte do consumidor das energias antigas até se tornar um produtor. Logo, a transição democratiza o acesso e estabiliza a segurança energética e de transmissão (DUPONT, 2015). Portanto, é possível ver que essa evolução é circunscrita pela expansão da tecnologia, implementação de políticas efetivas e transformação no consumo, que serve de base para a matriz brasileira.
Políticas públicas e estratégias bem-sucedidas em outros países
No que se refere às políticas públicas já implementadas e reconhecidas, a Diretiva 2009/28/CE do Parlamento Europeu inseriu metas obrigatórias de contribuição de fontes renováveis no consumo final e corroborou colaborações entre os Estados-membros, flexibilizando as barreiras institucionais, fortalecendo a integração e servindo de modelo para iniciativas internacionais pelo globo.
Recentemente, foi adotado o Plano REPowerEU na Europa, que emergiu como uma resposta à crise acentuada pela guerra da Rússia e Ucrânia, explicitando a falta de sustentação e vulnerabilidade na dependência dos combustíveis fósseis, que foi construído pela economia de energia, diferenciação do uso de combustíveis, investimento nas energias renováveis e reformas inteligentes, que acelerou o licenciamento de projetos solares e eólicos como hidrogênio verde [4] e biometano [5]. Outros países europeus seguiram a mesma ideia, mas primeiramente acatando a meta de energia 100% renovável até 2035, expandindo a capacidade eólica e depois, reforçando uma energia de base para segurança, responsabilizando o Estado com papel central como articulador do processo (MORI, 2025).
Por conseguinte, a própria Agenda 2030 [6] fortifica essa ideia para a ampliação dessas energias e metas de transparência e accountability voltados para redução de emissão de gases.
OPORTUNIDADES E DESAFIOS DO BRASIL
- Potencial natural do país: hidrelétrica, solar, eólica, biomassa
De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgados em reportagem do G1 (CARREGOSA, 2024), em 2023 o Brasil gerou 93,1% de sua energia a partir de fontes limpas, predominantemente hidrelétrica, respondendo por 64% da eletricidade produzida (MME, 2023), com mais de 1,5 mil usinas, incluindo Belo Monte e Tucuruí, entre as maiores do mundo, localizadas na Amazônia. A energia solar apresenta crescimento devido à alta incidência solar e à redução de custos de sistemas fotovoltaicos (SILVA; ARAÚJO, 2022), consolidando o país como líder na América Latina (Revista de Gestão e Secretariado, 2025, p.4). A energia eólica também é abundante e renovável visto que houve evolução da capacidade instalada, passando de 1,5 GW em 2011 para 25,6 GW em 2022 (SILVA, 2024, p. 10). Além disso, a biomassa cresce, com 630 usinas que contam com 16,7 GW de capacidade instalada, representando 8,55% da matriz energética brasileira (MME, 2023, p. 1)
Comparativamente ao contexto de matriz elétrica mundial, o Brasil apresenta um panorama de geração de energia renovável extremamente elevado. Enquanto a fonte principal da matriz elétrica mundial é concentrada em carvão mineral (35,8%) e gás natural (22,3%) (EPE, 2022), a matriz elétrica brasileira é amplamente concentrada em hidráulica (55,3%), seguido de eólica (14,1%) e solar (9,3%) (EPE, 2024). Ou seja, enquanto a geração de energia renovável no mundo era de somente 29,5%, no Brasil esse número chega a 86,1% (EPE, 2022).
Torna-se evidente que a matriz elétrica brasileira se destaca no cenário internacional por apresentar elevada participação de fontes renováveis e baixo índice de emissões de carbono. Todavia, ao considerar a matriz energética em sua totalidade, a qual engloba a geração de eletricidade e o consumo energético nos setores de transporte, industrial e doméstico, observa-se uma maior dependência de combustíveis fósseis, como petróleo, derivados e gás natural. No Brasil, petróleo e derivados correspondem a 34%, seguido pelos derivados de cana de açúcar, com 16,7%, e hidráulica, com 11,6% (EPE, 2022). Comparativamente ao consumo de Energia Renovável e Não Renovável no mundo (14,3%), o Brasil ainda possui avanços significativos (47,4%) (EPE, 2022).
Em outros termos, os dados demonstram que existe uma redução de fontes limpas relacionadas a matriz energética, mas que ainda assim os níveis são maiores em comparação ao parâmetro mundial. Todavia, o consumo de petróleo e derivados ainda são predominantes na matriz energética brasileira, mesmo que a geração elétrica seja composta de 87,9% de fontes limpas, elas representam menos de 20% do total da matriz energética (PARADA; PIMENTEL, 2023, p.12).
- Entraves políticos, econômicos, regulatórios e institucionais
Em vista disso, pode-se dizer que apesar do avanço, a transição para a economia verde enfrenta desafios, sobretudo pela “falta de um esquema regulatório no país” (SNA, 2016) no que tange a ausência de novas tecnologias, regras claras sobre operação, comercialização ou incentivos, que gera insegurança jurídica para investidores.
Somado a isso, a regulação da geração distribuída (GD) mantém incertezas e subsídios cruzados, criando entraves adicionais ao setor. Além de que a medição e integração técnica são desiguais, pois nem todas as regiões possuem os medidores exigidos para GD. O âmbito político em diversas ocasiões enfrenta estagnação devido “uma governança pautada pela multiplicidade de interesses complexos e uma miríade de atos normativos infralegais” (MENDES, 2025).
Como lembram Parada e Pimentel (2023), o país não possui um mercado regulado para investimentos, sua política é fragmentada e lastreada por um sistema de competição destrutiva entre governos subnacionais, tornando inviável a articulação de sistemas cooperativos e orgânicos que visam a modernização de políticas públicas e novas tecnologias sustentáveis.
Em termos econômicos, o foco principal do Brasil ainda são as tecnologias para os combustíveis fósseis: de acordo com estudo realizado (INESC, 2023, p.2) para cada R$ 1,00 investido em fontes renováveis, R$ 4,52 são direcionados a combustíveis fósseis, tornando evidente que país não prioriza o investimento em energias sustentáveis, já que interesses políticos e econômicos estão voltados para indústrias de combustíveis fósseis e impedem a continuidade de leis a favor da descarbonização.
No ramo institucional, é necessário considerar uma transição justa que não gere impactos negativos para a população. Para tanto, é pertinente o investimento em infraestrutura, logística e tecnologia. A transição energética demanda uma coordenação mais efetiva entre Estado, empresas e centros de pesquisa. Embora existam programas e algumas parcerias em inovação (INESC, 2023, p.6), a articulação ainda é fragmentada e enfrenta ausência de um planejamento estratégico de longo prazo. É imperioso que o país alinhe competitividade econômica com sustentabilidade ambiental.
A CASA NZEB: INOVAÇÃO E DESEMPENHO
Esta seção busca apresentar uma realidade prática para as tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono, tanto no contexto brasileiro quanto amazônico. O desenvolvimento apresentado foi obtido mediante uma entrevista com uma engenheira elétrica com ênfase eletrônica e pesquisadora II do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica, maior centro de pesquisa em eletricidade do Hemisfério Sul, fundado pela Eletrobras em 1973.
Contrastando os custos de adaptação, às dificuldades estruturais e as oportunidades estratégicas à sua aplicação na Amazônia, foi analisado o mais recente projeto do centro, a Casa NZEB (Near Zero Energy Building), localizada na Ilha do Fundão (Rio de Janeiro), e sendo um dos vencedores de uma chamada pública do Procel Edifica, como um laboratório vivo e centro de demonstração.
Segundo a engenheira, a ideia da Casa NZEB surgiu da necessidade de demonstrar, na prática, que é possível construir edificações residenciais que alcancem o balanço energético zero, ou seja, que produzam localmente toda a energia que consomem ao longo do ano. Logo, foi desenvolvida internacionalmente como resposta à busca por construções mais sustentáveis e eficientes, alinhadas às metas globais de descarbonização, mostrando soluções de eficiência energética, geração distribuída (principalmente solar fotovoltaica), automação e conforto ambiental, além de ser espaço de pesquisa, capacitação e visitação para profissionais, estudantes e o público em geral.
Conforme dados públicos, o valor investido estimado foi por volta R$1,9 milhão, mas diversas parcerias foram fundamentais para a viabilização da Casa NZEB. O projeto contou com a colaboração de instituições acadêmicas, empresas privadas e organismos internacionais. Entre os parceiros destacados estão a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ), Signify (Philips), Daikin, GIZ (agência de cooperação internacional alemã). Essas parcerias permitiram que o Espaço NZEB se tornasse uma vitrine de soluções de baixo carbono, com monitoramento, estrutura, geração distribuída, mobilidade elétrica e arquitetura sustentável. O envolvimento desses parceiros foi essencial para a obtenção de certificações como o Selo Procel Edifica e a Classe A do PBE Edifica, além de consolidar o espaço como referência nacional em pesquisa, capacitação e demonstração tecnológica.
Ao analisarmos e aplicarmos no cenário amazônico com climas de alta umidade e calor, a pesquisadora informou que os dados mostram que estratégias passivas (ventilação cruzada, sombreamento, telhados frios, isolamento adequado) e o uso de equipamentos eficientes podem reduzir em até 50% o consumo de energia para climatização em residências amazônicas. O desempenho é potencializado quando combinado com geração solar (mesmo em clima úmido), com ganhos expressivos em conforto térmico e redução de custos operacionais. Dentre os benefícios, a redução do consumo diminui a demanda por geração termelétrica a diesel, que é cara e poluente, especialmente em sistemas isolados da Amazônia. Isso resulta em menor emissão de CO2, menor poluição local, redução de custos para o sistema elétrico e maior segurança energética para as comunidades.
Em contraste, o principal impacto social esperado do espaço NZEB na Amazônia é a redução dos gastos familiares com energia, liberando renda para outras necessidades, além de melhorar o conforto térmico e a saúde pública (menos poluição, ambientes mais saudáveis e seguros). Ademais, os principais desafios são: a logística e o acesso a materiais/tecnologias; o custo inicial elevado para populações de baixa renda; a falta de mão de obra qualificada; a infraestrutura limitada (transporte, energia, comunicação); e as barreiras regulatórias e de financiamento. Adicionalmente, foi destacado que é fundamental considerar a participação das comunidades locais no desenho e implementação dos projetos, respeitando saberes tradicionais e promovendo inclusão social e econômica.
Ao ser questionada sobre uma mensagem para os formuladores de políticas públicas sobre a importância de apoiar iniciativas de construções sustentáveis no contexto da transição energética, a entrevistada destacou:
Apoiar construções sustentáveis é investir em um futuro mais resiliente, saudável e competitivo para o Brasil. Políticas públicas devem priorizar incentivos, regulação adequada e financiamento para que soluções como o NZEB se tornem padrão, promovendo desenvolvimento econômico, inclusão social e proteção ambiental. (ENTREVISTA, 2025)
A entrevista evidencia que a iniciativa vai além de uma construção arquitetônica e trata de uma estratégia de inovação e sustentabilidade nacional, que pode ser ampliada para todos os escopos e áreas. As dificuldades das condições do território amazônico, a necessidade de mudança e políticas conscientes e consistentes (além do papel de parceria e de toda uma população), mostra onde o Brasil pode caminhar no quesito de inovação e solução energética, com progresso e cooperação. Logo, faz-se necessário expandir espaços como o da NZEB para construir um Brasil mais consciente, limpo e humano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi analisado, é possível afirmar que o Brasil possui, inegavelmente, um grande potencial estratégico na corrida global pela transição energética. Contudo, possui limitações devido à fragmentação política e regulatória, que desvia os investimentos para fontes não renováveis devido sua alta dependência em combustíveis fósseis, ação que aumenta a insegurança jurídica, mesmo com a grande capacidade de geração limpa no país.
O estudo de caso da Casa NZEB demonstrou a viabilidade tecnológica e técnica imediata de soluções sustentáveis na Amazônia, provando ser possível reduzir em até 50% o consumo de energia. Essa tecnologia não apenas promove a descarbonização, mas também garante justiça social, diminuindo custos e a poluição em sistemas isolados.
Portanto, conclui-se que existem tecnologias que viabilizam uma transição justa para as fontes renováveis, com ênfase na possibilidade do país ter posição de destaque no mercado energético e, concomitantemente, proteger a Amazônia. Para que isso ocorra, é imprescindível que o governo mobilize políticas públicas, investimentos e cooperação institucional para superar os limites econômicos, políticos e estruturais e vencer a dependência em energia suja. Desse modo, o potencial brasileiro será convertido, de fato, em liderança global de forma a beneficiar comunidades que auxiliam na proteção do coração climático do planeta.
REFERÊNCIAS
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Entrevista não publicada (concedida ao autor)
RAMOS, Márcia. Entrevista concedida a Erika Guedes e Livia Teixeira. Rio de Janeiro, 9 set. 2025. A entrevista está transcrita no Apêndice A desta monografia.
APÊNDICE A – Roteiro da entrevista aplicada
- Como surgiu a ideia da casa NZEB? Poderia explicar brevemente sua utilização?
- Que parcerias (público, privado, acadêmico) foram fundamentais para a viabilização da Casa NZEB?
- Em sua visão, quais são os principais diferenciais do Brasil em relação a outros países na corrida pela descarbonização?
- Quais são os dados de desempenho que o Cepel/Eletrobras possui sobre a aplicação de eficiência energética em climas de alta umidade e calor, típicos da Amazônia?
- Quais são os principais desafios para implementar projetos de eficiência energética e baixo carbono em regiões como a Amazônia?
- Como a redução do consumo de eletricidade, promovida pelo NZEB, se traduz diretamente em benefícios ambientais mensuráveis na Amazônia (Ex: redução da necessidade de termelétricas a diesel)?
- Que mensagem gostaria de deixar para formuladores de políticas públicas sobre a importância de apoiar iniciativas de construções sustentáveis no contexto da transição energética?
[1] Pacto Ecológico Europeu para redução de emissões de gases de efeito estufa até 2050.
[2] Legislação da União Europeia para aumento da energia renovável.
[3] Iniciativa do governo da Índia para desenvolver energia solar.
[4] Produzido pela eletrólise da água, usando energia de fontes renováveis.
[5] Biogás renovável.
[6] Plano de ação global da ONU que visa alcançar um mundo mais sustentável, erradicando a pobreza, protegendo o planeta e garantindo prosperidade e dignidade para todos até o ano de 2030.
Erika Alves é graduanda em Defesa e Gestão Estratégica Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com foco em Defesa, Diplomacia, Geopolítica e Ciência Política. Pesquisadora do Laboratório de Estudos de Segurança e Defesa (LESD/UFRJ).
Livia Teixeira é graduanda em Defesa e Gestão Estratégica Internacional, na UFRJ (Faculdade Federal do Rio de Janeiro), com interesse em Defesa, Ciências políticas, Gestão empresarial internacional e Direito Internacional.
Orientador da pesquisa: Prof. Dr. Bernardo Salgado Rodrigues
